segunda-feira, 4 de janeiro de 2010





      Virada as avessas do lado errado... Nem tampouco estranha, e nem ao menos normal... Louca constante, absurdamente, compulsivamente, és a minha alma, és portanto o meu corpo que acaba por manifestar essa loucura... Não acredito em pureza de alma...
    Sinto a longevidade de minha alma ser abstraída do corpo, sinto meu coração bater fora do corpo... Talvez na alma! Alma tem coração? Alma sangra? Acho que sim... Porque eu sinto a carência de carne, e também a presença demasiada de alma, às vezes eu não sinto nada.... As vezes o contrário... Essa isenção de sentimentos significa ausência de alma? Com o que a gente sente de verdade... Coma alma ou com o coração? O coração é uma bomba maldita, que dela dependemos pra viver, que às vezes achamos que dói, mas que na verdade só dói quando não poderemos sobreviver para nos conscientizarmos de que aquela vez ela doeu...  
      Existem filósofos que debatem a questão da infinitude da alma, e dizem que ela leva consigo as impurezas de uma vida para outra, insinuando que ela só adquire a pureza absoluta depois de inúmeras vezes que encarna, e que depois disso vai para um tal de “Hades”, que segundo eles é onde ficam elas depois de terem adquirido a pureza total, um tal “mundo de almas”, que também é o nome do Deus do mundo dos mortos na Mitologia Grega... “Mitologia”, que vem de Mito... Vai saber em que acreditar... A minha alma penso eu que ainda terá de ir e vir em copos inúmeras vezes para conseguir essa pureza, pois cada vez que ela volta ao invés de eliminar suas impurezas, ela mais se carrega... O negócio é que somos emersos em um mundo sujo, hipócrita, e porque não dizer, em um mundo cheio de imundice... 
       Que seja assim... Espero não ser o corpo que vai ocupar a minha alma dessa vida na próxima... Não aguento mais tanta desgraça, quando morrer quero que minha alma venha em um animal feroz, um animal perigoso, porque estes não irão levar consigo o peso, porque o animal não raciocina, então pode viver seus instintos sejam eles quais forem... Sem culpa nenhuma...Vou deixar o meu corpo voar, e minha alma sentir o solo... 
Não me pergunte o que quis dizer com isso tudo...
Minha mente se parece com um turbilhão, onde idéias não chovem, mas como numa tempestade inundam a caixa craniana...

Dá nisso aí... Cada um interprete como quiser...



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